Tempo de ser
- Marcelo Araujo Simões
- 5 de fev.
- 1 min de leitura
O tempo corre célere no dia.
A vida se avia desde a padaria,
Até a hora de se acolher na família,
Para se deitar em plena fantasia.

Um relógio que marca as horas,
Finda o seu trabalho na falta de força,
Perdendo o controle do tempo afora,
Fazendo da vida a nossa joça.
Nas malhas do tempo-espaço,
Viajamos em coordenada,
Nas horas dos condenados,
Nos lugares feitos de aço.
Feitio de nosso tempo,
Permanecer expectante,
Na hora que jaz pedante,
Ausentes de momento.
Caminhar devagarinho em vagareio,
Tido como perda de tempo em rodeio,
Lugareia a largos passos no porvir,
Assoreando muitos sonhos a emergir.
A vida é atemporal e psicofísica,
Confundida com a metafísica,
Das receitas prontas de magia,
À espera da realização tardia.

Viver é o aqui e agora,
Mais simples que qualquer teoria,
Pois o tempo de morte em agonia,
Não se esqueceu nos tempos de Pandora.
Enquanto o tempo corre,
Vivemos o grande porre,
De estar presente ao fim do dia,
Nas grades da covardia.
Ser e tempo nos dias de hoje,
Como conciliar a existência,
Forjada de pendores,
Em tempos de sapiência?
Vivemos uma guerra de palavras,
Que solidifica as nossas energias,
Enquanto a hora corre em demasia,
Nas veredas da fidalgia.



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